Embora muitas pessoas definam o tabagismo como o hábito de fumar cigarros, na verdade, é uma doença psicológica e física causada pela dependência da nicotina, uma substância que pode causar cerca de 50 tipos diferentes de doenças. O uso do cigarro e outros produtos derivados do tabaco aumenta o risco de contrair doenças crônicas não transmissíveis, que podem levar à invalidez ou à morte.
A dependência física à nicotina também expõe os fumantes, por exemplo, a inalarem mais de 4.720 substâncias tóxicas, como: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, além de 43 substâncias cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas.
Ao ser absorvida, a nicotina atinge o cérebro e de 7 a 19 segundos libera várias substâncias (neurotransmissores) que são responsáveis por estimular a sensação de prazer. Assim, o fumante terá a necessidade de consumir cada vez mais cigarros ou derivados do tabaco. Além disso, a dependência física, psicológica e comportamental é semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas como álcool, cocaína e heroína.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a prática é a principal causa de morte evitável no mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. Dessas, o tabagismo é responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema), 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo de útero, estômago e fígado), 25% por doença coronariana (angina e infarto) e 25% por doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral). O consumo de tabaco e seus derivados matam milhões de indivíduos a cada ano. Estima-se em 8 milhões as mortes atribuídas ao tabaco para o ano de 2030, se nenhuma ação efetiva de controle do tabaco for implementada.
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